Há anos venho estudando o comportamento da mulher nos tempos atuais. Este espaço destina-se a analisar os reflexos (positivos e negativos) decorrentes do movimento feminista, através de textos escritos por mim e outros autores.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

SAUDADE É A PRESENÇA DA AUSÊNCIA (Tristão de Ataide)


Já se encontra disponível no site da emissora RedeTV+ a exibição do programa Show+, do qual eu participei, citado no post anterior "Não deixe o cavalheirismo morrer"
O tema em debate foi “Saudade”, discutido por mim e mais duas psicólogas também convidadas, juntamente com o apresentador Darcio Arruda.
O programa aconteceu num clima muito harmonioso, onde um misto de bate-papo e orientações fez com que o telespectador, além de se entreter, obtivesse informações valiosas para o seu aprendizado.
Em caso de dúvidas, estarei disponível para esclarecê-las.

Para acessar o site:
- clique no link http://www.redetvmais.com.br/

- ao abrir a página, embaixo a esquerda, clique no logotipo do programa
Show+

- Ao abrir outra página, no alto a esquerda você verá um calendário do mês de Abril, clique no dia 21

E BOM ENTRETENIMENTO!!!
"Geisa Machado"

terça-feira, 20 de abril de 2010

NÃO DEIXE O CAVALHEIRISMO MORRER

Há alguns anos eu estava em um restaurante com uns amigos e resolvemos dar uma “esticada” para outro lugar.
Ao me aproximar do carro de um deles, o rapaz, muito solícito, abriu a porta do veículo e me alertou para tomar cuidado ao entrar nele, pois se tratava de um Jipe. Eu, muito grosseiramente, respondi: “Não precisa se preocupar, meu ex-marido tinha caminhão e cansei de andar nele. O que é um Jipe perto de um caminhão?”. Só no dia seguinte é que tive um “insight”, me dando conta que o meu amigo estava sendo um cavalheiro e eu o deixei desconcentrado, desconsiderando o seu ato gentil.
Foi a partir deste episódio que comecei a pesquisar a “masculinização” feminina e percebi que quando eu falava sobre o cavalheirismo, ouvia, por parte das mulheres, a mesma frase: ”Se a gente deixar que façam isso parece que somos incapazes”.
O post anterior, “A escolha do seu par", mostrou claramente como as mulheres, no passado, se deixavam conduzir pelo seu parceiro de dança sem se sentirem ameaçadas pela submissão. E hoje em dia, nós nos sentimos incapazes diante da gentileza de um homem?
Entramos no século XXI com a deturpação de inúmeros valores. É nisso que precisamos ficar atentas, sabendo separar o “joio do trigo”. Não é diante destes pequenos (ou será grandes?) atos de amabilidade que medimos a nossa capacidade. Ela está no nosso potencial e na nossa competência para a atuação, e isso está mais do que provado.
Como queremos que os homens sejam mais sensíveis, se nós mesmas estamos fechando as portas para esta possibilidade? O resultado disso é o que vemos todos os dias, em todos os lugares: pessoas endurecidas, individualistas e totalmente solitárias.
A ânsia pela autonomia e independência está nos cegando para o reconhecimento de atos de gentileza e nos tornando, aí sim, incapazes de nos relacionarmos.

"Geisa Machado"


Quero citar a seguir dois eventos importantíssimos que me aconteceram na última semana:
- No dia 10/04/2010 tive a felicidade de receber e acolher em minha casa 5 grandes amigas blogueiras, o que tornou o nosso encontro inesquecível. São elas: Elaine Barnes (Nas asas da coruja), Majoli (Rabiscos da alma), Sueli Benko (Fenixando), Sandra Botelho (Meu aconchego) e Maria Bonfá (Um mar de sonhos). Quem quiser saber de mais detalhes, inclusive com fotos, procure os blogs de Elaine, Majoli e Sueli. Obrigada amigas! Amo demais todas vocês!

- Através do meu blog, fui procurada pela produção do programa Show+, veiculado pela emissora Rede TV+ (NET), para ser uma de suas participantes. O Show+ é jornalismo de entretenimento, tendo um assunto como base para debates. O tema para o qual fui convidada foi “Saudade”. Quero compartilhar com vocês esta incrível experiência. Quem tiver TV a cabo da Net e puder assistir, segue abaixo os dados do programa:
- Emissora: Rede TV+ (NET)
- Programa: Show+ - apresentador Darcio Arruda
- Canal 14 (para São Paulo)
Canal 10 (para o ABC)
Canal 08 da TVA digital
- Dia e horário: 21/04/2010 (quarta-feira feriado) – às 19,30hrs.
Para quem não puder assistir no dia citado acima, no prazo de uma semana (a partir do dia da exibição do programa), é só entrar no site da emissora (http://www.redetvmais.com.br/) que será passado na íntegra.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A ESCOLHA DO SEU PAR

Transcreverei abaixo um texto redigido por um palestrante e escritor que fala sobre a importância da dança na escolha de um parceiro.

“Há trinta anos, os adolescentes encontravam o sexo oposto em bailes de salão organizados por clubes, igrejas ou pais responsáveis preocupados com o sucesso reprodutivo de seus rebentos.
Na dança de salão o homem tem uma série de obrigações, como cuidar da mulher, planejar o rumo, variar os passos, segurar com firmeza e orientar delicadamente o corpo de uma mulher. Homens levam três vezes mais tempo para aprender a dançar do que mulheres. Não que eles sejam menos inteligentes, mas porque têm muito mais funções a executar. Essa sobrecarga em cima do homem permite à mulher avaliar rapidamente a inteligência do seu par, a sua capacidade de planejamento, a sua reação em situações de stress. A mulher só precisa acompanhá-lo. Ela pode dedicar seu tempo exclusivamente à tarefa de avaliação do homem.
Uma mulher precisa de muito mais informações do que um homem para se apaixonar, e a dança permitia a ela avaliar o homem na delicadeza do trato, na firmeza da condução, no carinho do toque, no companheirismo e no significado que ele dava ao seu par. Ela podia analisar como o homem lidava com o fracasso, quando inadvertidamente dava uma pisada no seu pé. Podia ver como ele se desculpava, se é que se desculpava, ou se era do tipo que culpava os outros.
Essa convenção social de antigamente permitia ao sexo feminino avaliar numa única noite vinte rapazes entre os 500 presentes num grande baile. As mulheres faziam um verdadeiro teste psicológico, físico e social de um futuro marido e obtinham o que poucos testes psicológicos revelam. Em poucos minutos conseguiam ter uma primeira noção de inteligência, criatividade, coordenação, tato, carinho, cooperação, paciência, perseverança e liderança de um futuro par.
Infelizmente, perdemos esse costume porque se começou a considerar a dança de salão uma submissão da mulher ao poder do homem, porque era o homem quem convidava e conduzia a mulher.
Criaram o disco dancing, em que homem e mulher dançam separados, o homem não mais conduz nem sequer toca no corpo da mulher. O som é tão elevado que nem dá para conversar, os usuais 130 decibéis nem permitem algum tipo de interação entre os sexos.
Por isso, os jovens criaram o costume de "ficar", o que permite a uma garota conhecer, pelo menos, um homem por noite sem compromisso, em vez de conhecer vinte rapazes numa noite, também sem compromissos maiores.
Pior: hoje o primeiro contato de fato de um rapaz com o corpo de uma mulher é no ato sexual, e no início é um desastre. Acabam fazendo sexo mecanicamente em vez de romanticamente como a extensão natural de um tango ou bolero. Grandes dançarinos são grandes amantes, e não é por coincidência que mulheres adoram homens que realmente sabem dançar e se apaixonam facilmente por eles.
Masculinizamos as mulheres no disco dancing em vez de tornar os homens mais sensíveis, carinhosos e preocupados com o trato do corpo da mulher. Não é por acaso que aumentou a violência no mundo, especialmente a violência contra as mulheres. Não é à toa que perdemos o romantismo, o companheirismo e a cooperação entre os sexos.
Hoje, uma garota ou um rapaz tem de escolher o seu par num grupo muito restrito de pretendentes, e com pouca informação de ambas as partes, ao contrário de antigamente.
Eu não acredito que homens virem monstros e mulheres virem megeras depois de casados. As pessoas mudam muito pouco ao longo da vida, na realidade elas continuam a ser o que eram antes de se casar. Você é que não percebeu, ou não soube avaliar, porque perdemos os mecanismos de antigamente de seleção a partir de um grupo enorme de possíveis candidatos.
Fico feliz ao notar a volta da dança de salão, dos cursos de forró, tango e bolero, em que novamente os dois sexos dançam juntos, colados e em harmonia. Entre o olhar interessado e o "ficar" descompromissado, eliminamos infelizmente uma importante etapa social que era dançar, costume de todos os povos desde o início dos tempos.
Se você for mãe de um filho, ajude a reintroduzir a dança de salão nos clubes, nas festas e nas igrejas, para que homens aprendam a lidar com carinho com o corpo de uma mulher.
Se você for mãe de uma filha, devolva a ela a oportunidade que seus pais lhe deram, em vez de deixar sua filha surda, casada com um brutamontes, confuso e isensível idiota".
Stephen Kanitz (Editora Abril, Revista Veja, edição 1877, ano 37, nº 43, 27 de outubro de 2004, página 22)
"Geisa Machado"