No post “Quando a vida se impõe” vocês acompanharam a história da fratura do meu tornozelo e a recuperação que está acontecendo dia a dia. Ultimamente eu tenho repetido muito uma frase: “Fazer um estrago é fácil, difícil é consertar o que foi feito”. Uma virada de pé ocasionou uma fratura que está levando meses para se restabelecer.
Repassemos isso para a nossa vida. Quantos estragos provocamos que, posteriormente, nos dão muito trabalho (e gastamos muita energia) para serem consertados? Quando magoamos alguém, provocamos discussões, fazemos promessas que não conseguimos cumprir ou ainda quando estamos fragilizados e nos deixamos ser seduzidos. Tudo isso está atrelado as nossas emoções exacerbadas e descontroladas.
Estando sob o domínio da raiva podemos afastar pessoas valiosas ou por em risco um emprego (ou uma carreira profissional).
Estando sob o domínio da euforia achamos que podemos dominar o mundo e sem perceber, passamos por cima de alguém para atingir nosso objetivo.
Estando num estado de grande carência, e consequentemente fragilizados, podemos colocar a nossa vida nas mãos de outra pessoa que acabará nos prejudicando.
Estas situações citadas acima muitas vezes não têm mais conserto, ou se tem, levamos muito tempo para corrigi-las. Portanto, ao estarmos a mercê das nossas emoções podemos provocar situações que nos levarão a atos impensados.
Analisando por este ângulo, a frase “faça o que seu coração mandar” nem sempre está correta. Somos ainda muito primitivos do ponto de vista emocional. É claro que as emoções fazem parte de nós e se formos muito racionais corremos o risco de sermos frios e calculistas (um psicopata não se abala por nada). O que precisamos é prestar atenção quando estamos sob seu domínio e por a razão para funcionar. Desta forma evitaremos estragos e a energia usada para consertá-los estará a nossa disposição para que a vida flua de forma mais tranqüila.