Há anos venho estudando o comportamento da mulher nos tempos atuais. Este espaço destina-se a analisar os reflexos (positivos e negativos) decorrentes do movimento feminista, através de textos escritos por mim e outros autores.

terça-feira, 20 de julho de 2010

AUTOESTIMA E FEMININO Blogagem coletiva


O nosso cérebro não sabe distinguir objetos, pessoas ou lugares. O que fica registrado nele são as emoções e sensações que vivenciamos em relação a tudo que nos rodeia.
Se você tem relutância em se desfazer de um objeto (e todos nós temos essa relutância), é porque este mesmo objeto está vinculado a uma emoção vivida. Ex.: uma roupa que usou numa ocasião em que estava repleta de sensações boas. Então, a dificuldade de se desfazer desta roupa é porque ela lhe traz boas recordações (e não necessariamente porque é confortável).
A dificuldade de se desapegar de pessoas segue o mesmo fundamento. Você viveu momentos tão gratificantes e satisfatórios com uma determinada pessoa que, por mais que ela te humilhe, a necessidade de se sentir desejada e amada faz com que você fique cega para a realidade da situação. Como experimentou (e registrou) emoções extasiantes com esta pessoa, a impressão que fica é que ela é a única fonte provedora de afeto, restando apenas a esperança e o apego a raros momentos bons.
Auto-estima significa ter consideração, apreço e respeito por si mesmo. As mulheres por terem ficado subjugadas aos homens por séculos deram um basta às torturas físicas e psicológicas e vêm se tornando cada vez mais independentes, procurando obter respeito. Porém, o que está ocorrendo é a masculinização do feminino, numa imposição de valores, para se provar quem é o melhor e o mais forte. O que se vê são comportamentos vulgares, fúteis e superficiais. Tudo isso atrelado a ânsia de ter afeto.
A auto-estima da mulher está diretamente ligada a sua essência feminina. É fundamental que ela se conscientize que, independente da busca pela competência profissional e realização pessoal, o seu modo de ser é único e totalmente diferente do homem. Não é humilhando-se (a maioria ainda faz isso inconscientemente), criticando-os ou agredindo-os que se fará respeitar.



Mulher, a sua força está na delicadeza do seu andar, na leveza dos seus movimentos, na profundidade do seu olhar e na beleza dos seus gestos. Ter auto-estima é ter consideração por si e encantar-se com os seus atributos dados pela própria natureza. Dessa forma, você elevará a sua auto-estima e se tornará única para os olhares ao seu redor.

Quem está promovendo esta blogagem é a Aleska do blog Diários de bordo.

"Geisa Machado"

sábado, 3 de julho de 2010

PERDER FAZ PARTE DA VIDA

Quem gosta de perder levanta a mão? É óbvio que você não levantou. Afinal, quem gosta de perder um amor, um emprego, um ente querido ou até mesmo um objeto pessoal como um livro, um sapato ou uma bolsa?
No passado remoto os povos primitivos lutavam pela sobrevivência e se perdessem, morriam. Os povos bárbaros quando guerreavam muitos perdiam a vida. Numa competição acirrada, corpo a corpo, aquele que perde, morre. Estas situações reais, pela freqüência com que aconteceram, ficaram cada vez mais registradas na nossa psique (mente). Portanto, perder significa morrer. E é essa sensação que permanece e aflora em nós cada vez que sofremos uma perda.
Como vivemos numa sociedade muito competitiva, somos compelidos a ganhar sempre. A frase “o importante é competir” é uma tentativa de reverter este processo. Porém, se não entendermos o que ocorre psiquicamente quando perdemos, essa tentativa não produz efeito e acaba sendo mais uma daquelas frases que mencionei no post anterior. Ao contrário o que ocorre é: “se o que importa é competir, isso aumenta a competitividade e se perder significa a morte, então no final o que importa realmente é ganhar”. E o quadro com que nos deparamos hoje em dia é: “ganhar sempre, custe o que custar, mesmo que para isso tenha que se usar a violência”.
A competição é saudável porque ao estarmos nesta atividade, o nosso corpo libera hormônios que nos dão a sensação de bem estar e fortalecimento interno. Mas se a usarmos de forma inadequada, agressiva e com a intenção de ganhar a qualquer custo, quando vem a mensagem “cuidado que você pode morrer”, estes mesmos hormônios se alteram e nosso instinto de sobrevivência fala mais alto. Ou seja, continuamos agindo como os povos primitivos.
Não somos treinados para perder e também não quero fazer apologia a perda. Porém, se faz necessário entender que estamos sofrendo perdas o tempo todo e nem ao menos percebemos que isso acontece. A nossa vida é feita de escolhas e ao escolhermos uma coisa, consequentemente perdemos outra. É o processo natural de viver.
Você já ouviu a frase “Deus fecha uma porta e abre um portão”? Esta sim é corretíssima, desde que não lamentemos a porta que se fechou.
Enquanto não nos conscientizarmos que perder faz parte de nossas histórias, continuaremos fechados em nós mesmos e não perceberemos a inúmeras possibilidades que a vida nos apresenta.
"Geisa Machado"